Análise aprofundada da fundação do Dragão para a próxima temporada.
Enquanto a maioria dos clubes ainda ajusta as contas e planeja o futuro em passos lentos, o Atlético Goianiense demonstra uma agilidade notável no mercado. A contratação de sete jogadores para a temporada de 2026 não é apenas um movimento de preenchimento de elenco, mas sim um indicativo claro de uma estratégia de longo prazo e de antecipação à concorrência. O Dragão está construindo sua base antes mesmo do apito final do ano, um contraste marcante com seus rivais locais.
Os três nomes já oficializados trazem consigo um peso de experiência e conhecimento do futebol brasileiro que será crucial para o início da temporada, especialmente no Campeonato Goiano.
O restante do pacote de contratações revela uma visão estratégica que busca potencial de revenda e parcerias com clubes de maior poder aquisitivo. Quatro jogadores chegam com a chancela de empréstimos ou aquisições de jovens promessas.
O meio-campo ganha reforços com Jader (ex-Cuiabá, emprestado pelo Santa Clara de Portugal) e Netinho (ex-Ferroviária, vindo em definitivo do Água Santa). A negociação por Netinho, inclusive, mostra a disposição do clube em aguardar a liberação para tê-lo em definitivo, sinalizando grande confiança em seu potencial.
Nas laterais e ataque, o Dragão buscou jovens com potencial de desenvolvimento em grandes centros: Guilherme Lopes (Lateral Esquerdo, emprestado pelo Red Bull Bragantino) e Vitinho (Atacante, emprestado pelo Botafogo). Estes movimentos não só reforçam o elenco, mas também estabelecem pontes com clubes da Série A e do exterior, facilitando futuras negociações.
Apesar da movimentação promissora, o verdadeiro teste de fogo será transformar essa lista de talentos em um time coeso. O calendário não espera: a estreia no Goianão 2026 está marcada para o dia 10 de janeiro, contra o Anápolis, no Antônio Accioly. A pré-temporada será curta, e a capacidade da comissão técnica de integrar rapidamente os novos atletas será o fator decisivo para que a estratégia do Dragão se converta em vitórias e não apenas em manchetes de mercado.